Entre 7 e 10 do passado mês de junho teve lugar mais uma reunião do consórcio Europeu LearningGames em Riga, Letónia.
Tendo ficados hospedados no Keizarmezs Hotel, os trabalhos tiveram lugar em instalações cedidas pelo LASE (Latvian Academy of Sport Education), uma instituição de ensino superior da Letónia prestes a comemorar 96 anos de existência, tendo-se o grupo de trabalho dedicado, entre outros objetivos, a testar o funcionamento do jogo didático “Blind Travel”, coordenado por Ieva Rudzinska, tendo como objetivo envolver os jogadores na aquisição de novas informações (ou fortalecer os seus conhecimentos) sobre os países europeus por onde gostariam de viajar ou até a escolher como um lugar para viver no futuro. Este jogo permite aos formandos tomarem contacto com as características, usos e costumes de outros países numa atmosfera dinâmica e divertida. A turma adquire assim novas informações sobre países europeus através do envolvimento em atividades físicas e mentais. No início o jogadores sentem alguma insegurança e medo relacionados com a saída da sua zona de conforto mas, após alguns minutos de jogo, esses sentimentos são substituídos por uma curiosidade crescente e puro divertimento.
Como já anteriormente referido numa das páginas do nosso site, as metodologias adotadas neste projeto consistem na observação (acompanhamento), análise e avaliação de “Mastergames” propostos pelos parceiros do projeto LearningGames, coordenado a partir de Vienna pela W-Point e.U..
No decurso deste processo, um conjunto definido de critérios e estruturas serão usadas com o objetivo de produzir recomendações e diretrizes que possam ser consideradas como boas práticas por facilitadores de aprendizagem de adultos, nesse aspeto particular do seu trabalho.
Os critérios e marcos definidos como objectivo pretendem ajudar os parceiros do projeto a atingir uma abordagem uniforme e consistente na articulação de conceitos e avaliação da actividade de jogos. Com a criação de uma base comum para o processo discursivo, será introduzido um padrão que pode ser verdadeiramente descrito como europeu, pois será transnacional e refletirá a práxis na educação de adultos num determinado número de países europeus.
O conhecimento adquirido pelos facilitadores através das suas próprias práticas na utilização de jogos didáticos será considerado como parte do esforço necessário na procura de novas abordagens à educação de adultos pelo que a metodologia adotada terá em consideração o discurso crítico sobre jogos e teorias de jogos, no sentido de melhor compreender e aprofundar o uso e desenvolvimento de jogos didáticos.
O consórcio reunirá ainda por mais duas vezes, tendo já sido agendada a próxima reunião para outubro, na cidade de Holstebro (Dinamarca) e, em abril de 2018, na cidade de Braga (Portugal).
A ECG encontra-se neste momento numa fase de dinâmica de animação de várias sessões de dois dos jogos didáticos apresentados no seio do consórcio:
- O nosso jogo (da ECG), “My Own Shield” (o meu próprio escudo), que foi estruturado com base no conhecido jogo “Quem quer ser Milionário” e que tem como objetivo fomentar a aquisição de conhecimentos e competências em segurança na utilização de sistemas informáticos (computadores pessoais, tablets e smartphones) sobretudo numa faixa etária menos jovem.
- O jogo “Circle of Knowledge”, apresentado por Mona Blaabjerg Nielsen, da VUC Holstebro-Lemvig-Struer (Dinamarca), cuja principal utilização é a de apoio no treino de gramática, vocabulário, equação, fórmulas, datas históricas, estilo de artes, etc. No caso concreto dos testes que levaremos a efeito na ECG o “Círculo de Conhecimento” será utilizado no apoio à aprendizagem de “Português para Estrangeiros”.
A ECG – Cooperativa Cultural CRL sente que tomou uma excelente decisão quando decidiu integrar este projeto já que o mesmo permite uma relevante e oportuna troca de conhecimentos e experiências educativas entre representantes de instituições europeias, permitindo na segunda fase em que já nos encontramos, testar jogos que, tendo sido originalmente criados no país X ou Y, passam a ser jogados e testados transversalmente nos outros países representados no consórcio levando ao registo de resultados que permitirão a produção de recomendações e diretrizes que possam ser consideradas na Europa como boas práticas por parte de facilitadores de aprendizagem de adultos.
Aproveitamos o ensejo para dirigir uma palavra de enorme agradecimento à LASE e, particularmente, à sua representante no projeto, Ieva, pela hospitalidade e simpatia com que nos receberam que, manifestamente, no fez sentir como se não tivéssemos sequer saído “de casa”.